segunda-feira, 22 de junho de 2015

o flerte

São essas mulheres, ligeiramente
loucas
Ligeiramente frias
Mas apaixonadas, confusas
e inatingíveis
Que fazem a morte parecer
tão bela
Sem elas, os dias passam e
nada acontece

E eu ofereço o mesmo conforto
Suicida, confortável
Entre quatro paredes, eu e ela
Como possuem vida
E no ápice do envolvimento,
se vão

E na escuridão me pergunto:
Sou tão horrível, tão errado
Que não mereço o amor, a vida
Só as trevas?
Sou daquelas pessoas intratáveis
e solitárias por natureza?
Flertando com a morte

Caralho! Esse sofrimento
não tem fim?

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