sábado, 15 de fevereiro de 2020

confissão

eu posso estar furioso, magoado
e triste,
escrevendo as palavras que não foram ditas,
mas estou tomando conta das suas coisas
com carinho.
deixo-as num lugar especial,
sempre à vista
e, na sua ausência, trato-as como
substitutas suas.
porque mesmo que no meu exterior eu
pareça forte,
por dentro eu me derreto.
em minha mente eu acaricio seu rosto,
e gentilmente coloco seus fios de cabelo soltos
atrás de suas orelhas.
então faço desse poema a minha confissão:
sim, eu te amo.
como já disse outras tantas vezes, digo a
cada vez que lhe escrevo
e seguirei dizendo infinitamente.
com minhas frases, o que eu sinto se torna eterno
e você também,
porque algumas coisas devem durar para sempre,
mesmo as perdidas.

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