quarta-feira, 15 de julho de 2015

o dia em que eu desisti

Reencontro, fim de ano
e as coisas
não deram certo
Nosso beijo não gerou faíscas
como antes
O enrolar uno de línguas
Imagino que tenha sido como
beijar um morto

Disse que o seu beijo era como
o de um cadáver
Mas
entendi errado, meu amor
Eu era o cadáver
E nem o mais erótico
dos beijos
Me faria levantar do túmulo

Naquele dia, soube que desistiu
de mim
Como havia desistido antes e
desistiria depois
O sol não raiou no dia seguinte
Não ouve dia novo, vida nova

As coisas se sucederam, fiquei em
segundo lugar
Se houvesse uma tese, eu seria
a antítese
Se houvesse Bem e Mal, eu seria
as trevas
Se houvesse céu e inferno, eu estaria
gritando
Se houvesse namorado, eu seria
o outro

E hoje eu desisto, pois a morte sempre
vence a vida
Desde aquele dia, não houve ano novo

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