Reencontro, fim de ano
e as coisas
não deram certo
Nosso beijo não gerou faíscas
como antes
O enrolar uno de línguas
Imagino que tenha sido como
beijar um morto
Disse que o seu beijo era como
o de um cadáver
Mas
entendi errado, meu amor
Eu era o cadáver
E nem o mais erótico
dos beijos
Me faria levantar do túmulo
Naquele dia, soube que desistiu
de mim
Como havia desistido antes e
desistiria depois
O sol não raiou no dia seguinte
Não ouve dia novo, vida nova
As coisas se sucederam, fiquei em
segundo lugar
Se houvesse uma tese, eu seria
a antítese
Se houvesse Bem e Mal, eu seria
as trevas
Se houvesse céu e inferno, eu estaria
gritando
Se houvesse namorado, eu seria
o outro
E hoje eu desisto, pois a morte sempre
vence a vida
Desde aquele dia, não houve ano novo
quarta-feira, 15 de julho de 2015
domingo, 12 de julho de 2015
sem lágrimas
Um amigo me disse que
não sabia chorar
"É porque ainda não sofreu
o bastante", eu respondi
Eu nunca chorava, fiquei muitos
anos sem chorar
Então, tudo começou
a dar errado
Se não tivesse fugido tanto,
não ficaria tão mal - quando
perco algo bom
Mas não trocaria pela vida antiga
Sem cor
Porém, quando achamos a cor
depois
de tanto tempo nas trevas
O preto e branco é insuportável
Acho que o amor sempre foi
uma bosta
não sabia chorar
"É porque ainda não sofreu
o bastante", eu respondi
Eu nunca chorava, fiquei muitos
anos sem chorar
Então, tudo começou
a dar errado
Se não tivesse fugido tanto,
não ficaria tão mal - quando
perco algo bom
Mas não trocaria pela vida antiga
Sem cor
Porém, quando achamos a cor
depois
de tanto tempo nas trevas
O preto e branco é insuportável
Acho que o amor sempre foi
uma bosta
terça-feira, 7 de julho de 2015
não adianta
Onde quer que eu olhe
lembro dela
O rosto da minha santa
E puta
Tanto que não sei se ela existe
noutro lugar
Senão dentro de mim
Então por que a sinto?
Tão longe
Estar solitário é motivo para
procurar alguém?
Tão longe
O rosto se tranfotma e foge
da realidade
Tão longe
Estaria ela aqui ou nas estrelas?
No céu ou no inferno?
Sei que não está aqui - em carne
e osso - onde posso enfiar o pau
Maldita poesia
Maldito pau
lembro dela
O rosto da minha santa
E puta
Tanto que não sei se ela existe
noutro lugar
Senão dentro de mim
Então por que a sinto?
Tão longe
Estar solitário é motivo para
procurar alguém?
Tão longe
O rosto se tranfotma e foge
da realidade
Tão longe
Estaria ela aqui ou nas estrelas?
No céu ou no inferno?
Sei que não está aqui - em carne
e osso - onde posso enfiar o pau
Maldita poesia
Maldito pau
domingo, 5 de julho de 2015
paraíso perdido
Que vida é essa em que o único
alívio
Vem do trago e do sexo
Como âncoras
Entre o abismo da prisão terrena
e a solidão das estrelas
Que venham mulheres e o gozo
Os porres
A música de Shubert e Beethoven
Os livros de Hesse
A arte de Gustave Doré e Lucífer
expulso do paraíso
Não quero voltar
O lar nunca teve grande significado
para mim
Sempre preferi meus pensamentos e
a sinfonia universal
Dentro de mim e nos céus
Ao paraíso perdido
alívio
Vem do trago e do sexo
Como âncoras
Entre o abismo da prisão terrena
e a solidão das estrelas
Que venham mulheres e o gozo
Os porres
A música de Shubert e Beethoven
Os livros de Hesse
A arte de Gustave Doré e Lucífer
expulso do paraíso
Não quero voltar
O lar nunca teve grande significado
para mim
Sempre preferi meus pensamentos e
a sinfonia universal
Dentro de mim e nos céus
Ao paraíso perdido
quinta-feira, 2 de julho de 2015
outra noite sozinho
O problema de ser muito inteligente
é que
se apaixonam por seu cérebro
Não por seu pau
A qualidade do sexo pouco importa
À medida que você é inteligente
e culto
Menor o interesse no seu pau
Pouco importa a música que ouvimos
Os livro que lemos
Se à medida que alimentamos
o intelecto
Passamos mais noites sozinhos
Talvez seja melhor sintonizar na estação
de funk
Ou sertanejo universitário
E esquecer Mozart, Beethoven e Brahms
Pensando melhor, que se fodam
Vou escutar a Nona
é que
se apaixonam por seu cérebro
Não por seu pau
A qualidade do sexo pouco importa
À medida que você é inteligente
e culto
Menor o interesse no seu pau
Pouco importa a música que ouvimos
Os livro que lemos
Se à medida que alimentamos
o intelecto
Passamos mais noites sozinhos
Talvez seja melhor sintonizar na estação
de funk
Ou sertanejo universitário
E esquecer Mozart, Beethoven e Brahms
Pensando melhor, que se fodam
Vou escutar a Nona
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